Sejam bem vindos todos os que trazem tochas acesas nas mãos

e também aqueles que como eu, anseiam pela luz.



terça-feira, 31 de agosto de 2010

Cenário político brasileiro

Não sei se é pra rir, pra chorar ou simplesmente pra "testar" a paciência do cidadão que o sistema político brasileiro é do jeito que é.
Nos dias atuais, quando assistimos a um programa eleitoral, que na verdade não sabemos se é programa eleitoral, humorístico ou filme de terror, o que mais nos estarrece é a conclusão a que chegamos após cada apresentação: No Brasil, com exceção do ramo político, para sermos admitidos no mercado de trabalho e defendermos com muita luta nosso pão de cada dia é preciso comprovar formação acadêmica, mestrados, doutorados, experiência profissional que varia de 06 meses a 01 ou 02 anos e é claro, idoneidade de caráter. Na política não precisa nada disso. Aliás, não precisa nada.
É claro que, não vale citar como exemplo desta agressão política a que somos submetidos atualmente, os políticos sérios, bem como a inclusão do nosso presidente (que não completou os estudos) neste cenário, uma vez que, basta dar uma olhadinha no seu passado político para entender o famoso ditado que prega que "toda regra tem exceção". Portanto, salvo a pessoa de Luis Inácio Lula da Silva (ver Wikipédia), é revoltante concluir que a injustiça é realmente uma questão sócio-cultural no nosso país.
A autorização de certas candidaturas, que subestimam a inteligência do eleitor brasileiro e tripudiam do carácter sério e honrado que bravamente defendemos, é a prova desta questão sócio-cultural que alimenta nossa (In) justiça Eleitoral Brasileira. Ao afirmar isso, me solidarizo com os milhares de estudantes (independente da classe social) que se acabam sobre os livros, anos a fio, até concluírem cursos e mais cursos, se espremendo entre os estudos e o trabalho para adquirir experiência antes mesmo de se formar, já que esta será exigida logo no primeiro emprego. Estes são ridicularizados por candidaturas que ai estão, aprovadas num país onde não é necessário ser nada, absolutamente nada, para candidato.
O que dizer de uma candidatura de um personagem bizarro como um "Tiririca", que se lança com um slogan que ridiculariza nosso País dizendo: "vote em Tiririca, pior do que "ta" não fica" e ainda vem acompanhado um vídeo que agride a dignidade daqueles que lutam por justiça e principalmente por reformas significativas na cultura de um povo? Mas Tiririca é só mais um... Temos também os candidatos que, estimulados pela falta de critério da (In) justiça Eleitoral Brasileira, apelam para o pornô, para o extraterrestre, para o hilário, para o absurdo, o inimaginário e o indecifrável. Mas isso ainda não é o pior. O pior é que esses "tiriricas" da vida se elegem para o cenário político através da ignorância que segue as margens da grande massa do eleitorado sustentada pela conveniência do sistema político brasileiro.
Nosso país nunca vai exigir dos candidatos a cargos públicos o que é exigido dos médicos, engenheiros, professores, advogados, administradores, em fim, qualquer outra função para a qual tenha que se comprovar carreira acadêmica, experiência e conduta moral porque este tipo de exigência excluiria, não só os ignorantes "espertos" como os "tiriricas" que já povoam o cenário político, mas também os verdadeiramente ignorantes, humildes e simples, que quando usados conforme conveniência política alimentam a cadeia da corrupção e impunidade que move o nosso país.
Enquanto isso, nossos verdadeiros profissionais, após exaustiva e mal remunerada jornada de trabalho e estudos, concluem frente à exibição de um programa eleitoral que teria sido bem mais fácil ser "TIRIRICA".

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Quem vai sustentar a geração internáutica?

    O texto a seguir foi escrito por Eduardo Aquino, médico, psiquiatra, neurocientista,paletrista, membro da Associação Americana de Neurofisiosologia cerebral e da Associação de Psiquiatria de New York,seis filhos, autor de 11 livros e ministro palestras em todo o país. Acompanho sua coluna publicada num jornal de veiculação em toda Minas Gerais aos domingos e um dos seus textos repasso aqui, exaltando a importância de uma reflexão a respeito.

Por Eduardo Aquino

     Mesmo os jovens atuais já devem ter ouvido falar da geração "Paz e amor", os hippies dos anos 60 e 70 e o famoso e do controvertido Woodstock. Outros talvez se lembrem dos Yuppies dos anos 80. Em ambos os casos taratava-se de uma geração que, bem ou mal, certo ou errado, defendiam ou buscavam algum ideal, alguma meta de vida, um sonho qualquer. Deu errado? Sim, mas tentaram.
     Os hippies se revoltaram contra a guerra insana do vietnã (primeira derrota militar dos Estados Unidos) e pregavam um mundo sem violência, sem corrupção, que vivessem de amor e que a paz fosse universal. Mas drogas demais, sexo demais, rock demais mostraram a eles que "alguém tem que trabalhar para pagar as contas", afinal, é ilusório um mundo onde ninguém faz nada, nem se constrói nada se ficar drogado, promíscuo e ouvindo rock`n roll. Não deu certo, embora a tribo dos ripongas exista e resista até hoje. Depois vieram os Yuppies, os jovens de Nova Yorque, a turma do Wall Street, jovens altamente ambiciosos, vaidosos e exibicionistas que trabalham na bolsa de valores e mercado financeiro e que se propunham a fazer seu "1º milhão de doláres" até os 30 anos para ter sua BMW, seu apartamento na região nobre de Manhattan, namorar modelos famosas e gastar US$10,000 num vinho raro no restaurante mais caro de Nova Yorque.
     Hoje, assistimos a falência dos E.U.A. e da Europa, como bolhas da informática e do mercado imobiliário americano e resultado da inconsequência, egocentrismo, individualismo e imaturidade desses jovens ricos e corruptos. Ok. Duas gerações mal sucedidas mas que tentaram algo diferente. E o que dizer da geração "Y", nascida nos anos 80 e 90, viciados em games, internet, orkut, celulares, i-pods e outras tecnologias ou tecnofilia, como queiram. Volto a alertar: Sem ideal, sem criatividade, preguiçosa, cansada - muito fruto das loucas baladas, bebendo feito um "gambá", sedentários, autoritários, exigentes, não estão nem ai para os adultos, sejam pais, professores, avós, autoridades. Mas esqueceram-se que são seus pais, familiares mais velhos que os mantêm, vestem e alimentam.
     Sim, essa geração de pais fracos e omissos, permissivos, "adulando" e "estragando" filhos "bebezões" aos 18, "adultecente" aos 30 parasitando os adultos enquanto se imbecilizam a frente de uma tela. Professores amedrontados mal conseguem transferir o conhecimento aos alunos. Somos desajeitados tecnologicamente, mas ainda que artesanais, sem apoio da sofisticação tecnológica, somos nós que inventamos, batalhamos, lutamos bravamente e ganhamos o "pão nosso de cada dia". Portanto, nós, adultos, somos competentes, coerentes, mas é hora, pais e professores de parar de temer esses  "jovens sem educação", sem limites, agressivos e incultos da geração "Y". Limitem mais o acesso a "desinformação eletrônica e tecnológica".
     Voltem a assumir o controle. Coloquem essa turma para estudar ou trabalhar. Chega de dó, pena, chantagens e medo dos jovens. Valor é proporcional a dificuldade para se obter algo. Não produzam monstrinhos. Domem seus rebentos.

Eduardo Aquino
Escritor e Neurocientista
eduardoaaquino@yahoo.com.br 

A Fome e a miséria


1) A fome mata 24 mil pessoas a cada dia - 70% delas crianças;

2) No mundo de hoje há mais comida do que em qualquer outro momento da história da humanidade;

3) Temos 6,7 bilhões de habitantes, e produzimos mais de 2 bilhões de toneladas de grãos, o que significa que produzimos quase um quilo de grãos por pessoa e por dia no planeta, amplamente suficiente para alimentar a todos;

4) Segundo a FAO o mundo precisaria de US$ 30 bilhões por ano para lutar contra a fome, recursos que significam apenas uma fração do US$ 1,1 trilhão aprovado pelo G-20 para lidar com a recessão mundial;

5) 65% dos famintos vivem em somente sete países;

6) Nos últimos meses irromperam revoltas por causa da fome em 25 países;

7) Os que sobrevivem à fome carregam seqüelas para sempre. A fome mina as vidas e acaba com a capacidade produtiva, enfraquece o sistema imunológico, impede o trabalho e nega a esperança;

8) No mesmo momento em que 1 bilhão de pessoas passando fome, outro 1 bilhão sofre de obesidade por excesso de consumo;

9) Uma criança americana consome o equivalente a 50 crianças africanas da região subsaariana;

10) Cerca de 200 milhões de crianças de países pobres tiveram seu desenvolvimento físico afetado por não ter uma alimentação adequada, segundo o Unicef.


Por que tantos passam fome?


*Dados extraídos do Adital publicado pela Humanitas/Unisinos/Cepat

Instituto Humanitas Unisimos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos unisinos / Centro de pesquisa e apoio aos trabalhadores.






É lamentável que um país como o nosso Brasil, de tantas riquezas e tantas belezas, seja um país sem leis, onde a impunidade impera e nos deixa a mercê das barbáries praticadas pelos criminosos que o nosso código penal sustenta com sua ineficácia.



Malú Rossi