Sejam bem vindos todos os que trazem tochas acesas nas mãos

e também aqueles que como eu, anseiam pela luz.



sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Quem vai sustentar a geração internáutica?

    O texto a seguir foi escrito por Eduardo Aquino, médico, psiquiatra, neurocientista,paletrista, membro da Associação Americana de Neurofisiosologia cerebral e da Associação de Psiquiatria de New York,seis filhos, autor de 11 livros e ministro palestras em todo o país. Acompanho sua coluna publicada num jornal de veiculação em toda Minas Gerais aos domingos e um dos seus textos repasso aqui, exaltando a importância de uma reflexão a respeito.

Por Eduardo Aquino

     Mesmo os jovens atuais já devem ter ouvido falar da geração "Paz e amor", os hippies dos anos 60 e 70 e o famoso e do controvertido Woodstock. Outros talvez se lembrem dos Yuppies dos anos 80. Em ambos os casos taratava-se de uma geração que, bem ou mal, certo ou errado, defendiam ou buscavam algum ideal, alguma meta de vida, um sonho qualquer. Deu errado? Sim, mas tentaram.
     Os hippies se revoltaram contra a guerra insana do vietnã (primeira derrota militar dos Estados Unidos) e pregavam um mundo sem violência, sem corrupção, que vivessem de amor e que a paz fosse universal. Mas drogas demais, sexo demais, rock demais mostraram a eles que "alguém tem que trabalhar para pagar as contas", afinal, é ilusório um mundo onde ninguém faz nada, nem se constrói nada se ficar drogado, promíscuo e ouvindo rock`n roll. Não deu certo, embora a tribo dos ripongas exista e resista até hoje. Depois vieram os Yuppies, os jovens de Nova Yorque, a turma do Wall Street, jovens altamente ambiciosos, vaidosos e exibicionistas que trabalham na bolsa de valores e mercado financeiro e que se propunham a fazer seu "1º milhão de doláres" até os 30 anos para ter sua BMW, seu apartamento na região nobre de Manhattan, namorar modelos famosas e gastar US$10,000 num vinho raro no restaurante mais caro de Nova Yorque.
     Hoje, assistimos a falência dos E.U.A. e da Europa, como bolhas da informática e do mercado imobiliário americano e resultado da inconsequência, egocentrismo, individualismo e imaturidade desses jovens ricos e corruptos. Ok. Duas gerações mal sucedidas mas que tentaram algo diferente. E o que dizer da geração "Y", nascida nos anos 80 e 90, viciados em games, internet, orkut, celulares, i-pods e outras tecnologias ou tecnofilia, como queiram. Volto a alertar: Sem ideal, sem criatividade, preguiçosa, cansada - muito fruto das loucas baladas, bebendo feito um "gambá", sedentários, autoritários, exigentes, não estão nem ai para os adultos, sejam pais, professores, avós, autoridades. Mas esqueceram-se que são seus pais, familiares mais velhos que os mantêm, vestem e alimentam.
     Sim, essa geração de pais fracos e omissos, permissivos, "adulando" e "estragando" filhos "bebezões" aos 18, "adultecente" aos 30 parasitando os adultos enquanto se imbecilizam a frente de uma tela. Professores amedrontados mal conseguem transferir o conhecimento aos alunos. Somos desajeitados tecnologicamente, mas ainda que artesanais, sem apoio da sofisticação tecnológica, somos nós que inventamos, batalhamos, lutamos bravamente e ganhamos o "pão nosso de cada dia". Portanto, nós, adultos, somos competentes, coerentes, mas é hora, pais e professores de parar de temer esses  "jovens sem educação", sem limites, agressivos e incultos da geração "Y". Limitem mais o acesso a "desinformação eletrônica e tecnológica".
     Voltem a assumir o controle. Coloquem essa turma para estudar ou trabalhar. Chega de dó, pena, chantagens e medo dos jovens. Valor é proporcional a dificuldade para se obter algo. Não produzam monstrinhos. Domem seus rebentos.

Eduardo Aquino
Escritor e Neurocientista
eduardoaaquino@yahoo.com.br 

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A Fome e a miséria


1) A fome mata 24 mil pessoas a cada dia - 70% delas crianças;

2) No mundo de hoje há mais comida do que em qualquer outro momento da história da humanidade;

3) Temos 6,7 bilhões de habitantes, e produzimos mais de 2 bilhões de toneladas de grãos, o que significa que produzimos quase um quilo de grãos por pessoa e por dia no planeta, amplamente suficiente para alimentar a todos;

4) Segundo a FAO o mundo precisaria de US$ 30 bilhões por ano para lutar contra a fome, recursos que significam apenas uma fração do US$ 1,1 trilhão aprovado pelo G-20 para lidar com a recessão mundial;

5) 65% dos famintos vivem em somente sete países;

6) Nos últimos meses irromperam revoltas por causa da fome em 25 países;

7) Os que sobrevivem à fome carregam seqüelas para sempre. A fome mina as vidas e acaba com a capacidade produtiva, enfraquece o sistema imunológico, impede o trabalho e nega a esperança;

8) No mesmo momento em que 1 bilhão de pessoas passando fome, outro 1 bilhão sofre de obesidade por excesso de consumo;

9) Uma criança americana consome o equivalente a 50 crianças africanas da região subsaariana;

10) Cerca de 200 milhões de crianças de países pobres tiveram seu desenvolvimento físico afetado por não ter uma alimentação adequada, segundo o Unicef.


Por que tantos passam fome?


*Dados extraídos do Adital publicado pela Humanitas/Unisinos/Cepat

Instituto Humanitas Unisimos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos unisinos / Centro de pesquisa e apoio aos trabalhadores.






É lamentável que um país como o nosso Brasil, de tantas riquezas e tantas belezas, seja um país sem leis, onde a impunidade impera e nos deixa a mercê das barbáries praticadas pelos criminosos que o nosso código penal sustenta com sua ineficácia.



Malú Rossi