Sejam bem vindos todos os que trazem tochas acesas nas mãos

e também aqueles que como eu, anseiam pela luz.



sábado, 20 de novembro de 2010

Violência x impunidade

A violência não se justifica em nenhuma classe social, porém, é mais inaceitável ainda quando vemos jovens de classe média alta atentarem contra a vida alheia por puro prazer, numa demonstração monstruosa de falta de educação, de valores, de limites, como vimos acontecer esta semana em São Paulo. Rapazes que poderiam usar a condição privilegiada que possuem para se projetarem de maneira positiva no cenário social, político ou econômico do país, preferem se valer desta condição para espalhar a violência.
Os "índios Galdinos" continuam sendo agredidos até a morte por estes monstros cruéis criados nos laboratórios-lares administrados por pais irresponsáveis, descuidados, ocupados demais e sem tempo para educar e amar seus filhos e portanto, tão monstruosos quanto suas crias.
- Já passa da hora de nossas leis serem revistas e prever punições severas e "aplicáveis" também para pais que criam filhos bandidos e assassinos.
- Já passa da hora de mudar a lei da maioridade penal e passar a considerar "maioridade penal" o momento em que o indivíduo comete o crime.
- Já passa da hora da sociedade conhecer quem são os criminosos que espalham terror pela cidade, divulgando seus rostos na TV ao invés de cobri-los com roupas ou tecnologia de imagem.
- Já passa da hora do povo brasileiro parar de fazer passeatas inúteis que só servem pra congestionar o trânsito e se mobilizar de maneira mais efetiva e inteligente em favor da revisão urgente de nossa constituição. A impunidade precisa deixar de ser a única "lei" que impera neste país, protegendo vagabundos, políticos, bandidos de todos os tipos e assassinos violentos que matam por prazer, por dinheiro, a toa, porque são loucos ou seja lá qual for o motivo.
Não adianta sair às ruas para pedir paz quando a violência continua protegida pela ineficácia de nossas leis. Se for para chamar a atenção, façamos então um enorme movimento pela revisão de nossa carta magna, que garanta a devida punição aos criminosos, independente de sua classe social. Quem sabe, se mudarmos nossas leis e passarmos a aplicá-las com mais rigor, num futuro próximo nossos "índios Galdinos" voltem a dormir tranquilamente nos bancos das praças e nossas passeatas deixem de ser um grito de socorro para se tornarem uma verdadeira celebração de paz.

Em Breve!


Vem ai o 
Projeto Motivar. Aguardem.

Fique por dentro - Programa Fica Vivo/MG

O Programa de Controle de Homicídios Fica Vivo, criado em 2003, objetiva intervir na realidade social antes que o crime aconteça, diminuindo os índices de homicídios e melhorando a qualidade de vida da população. O programa faz acompanhamento especializado e oferece diversas oficinas culturais, esportivas, profissionalizantes e de lazer para jovens de 12 a 24 anos em situação de risco social e residentes em áreas que concentram indicadores elevados de homicídio.

O programa é uma ação desenvolvida pelo Governo do Estado em parceria com as Polícias Militar e Civil, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Ministério Público, o Poder Judiciário e as prefeituras municipais. Ele é implementado pela Superintendência de Prevenção à Criminalidade (Spec), por meio dos Núcleos de Prevenção à Criminalidade (NPCs), que são espaços físicos localizados nas próprias comunidades.

Entre 2003 e 2009, os jovens participaram de 637 oficinas voltadas para o esporte, cultura e lazer, bem como de projetos institucionais, como olimpíadas e exposição de grafite, e de cursos técnicos profissionalizantes. No ano passado, foram realizados 19421 atendimentos. O Fica Vivo! conseguiu reduzir em até 50% os índices de homicídios nas regiões atendidas, a partir de ações que combinam repressão qualificada e inclusão social.
  
Em setembro de 2006, o programa foi escolhido como um dos 48 finalistas do Prêmio Global de Excelência de Melhores Práticas para a Melhoria do Ambiente de Vida – Prêmio Dubai, criado pelo Centro da Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat) em parceria com a Municipalidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Foram inscritas 703 práticas de 88 países, sendo 243 projetos da América Latina e Caribe. Dos 48 finalistas, apenas dois são brasileiros e um deles é o Fica Vivo!.

Como funciona

As atividades do programa são baseadas em dois eixos de atuação: intervenção estratégica e proteção social. O grupo de intervenção estratégica reúne os órgãos de defesa social (Polícias Civil, Militar e Federal), o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e as prefeituras municipais. Esse eixo tem como responsabilidade o planejamento e a coordenação de uma repressão qualificada e eficiente.

O eixo proteção social se constitui a partir de ações de atendimento e de trabalho em rede. Os atendimentos são destinados a jovens na faixa etária de 12 a 24 anos e visam favorecer a construção de modos de vida distintos do envolvimento direto com a criminalidade.  O trabalho em rede objetiva incluir na pauta de discussão o tema da prevenção à criminalidade.  As ações de atendimento são realizadas através dos seguintes instrumentos: oficinas, atendimentos psicossociais, projetos locais, multiplicadores e grupos de jovens.  As oficinas são estratégias de aproximação e atendimento aos jovens articuladas às características das áreas atendidas, tais como aspectos criminais, culturais, sociais, históricos e geográficos. Elas são implantadas em diferentes locais das áreas de abrangência do Núcleo de Prevenção à Criminalidade articulando aspectos da singularidade do jovem e o acesso aos direitos sociais.
As oficinas têm como objetivos específicos:
Prevenir a criminalidade;
Prevenir e/ou facilitar a circulação dos jovens;
Potencializar o acesso dos jovens aos serviços e aos espaços públicos;
Garantir aos jovens o acesso ao esporte, lazer, cultura e formação profissional;
Possibilitar a vivência do direito de ir e vir;
Favorecer a inserção e a participação dos jovens em novas formas de grupos;
Trabalhar temas relacionados à cidadania e aos direitos humanos;
Possibilitar a criação de espaços de discussão e resolução de conflitos e rivalidades.
Informações Fica Vivo: 2129-9620

Endereços e contatos
O Fica Vivo é desenvolvido, atualmente, em 27 Núcleos de Prevenção à Criminalidade:
Belo Horizonte

Barreiro
Rua A, 10, Conjunto Vila Esperança
(31) 3381.5557/ 5712

Boréu
Rua José do Carmo Oliveira, 135 – Minas Caixa
(31) 3451.7329/3568

Cabana do Pai Tomás
Rua São Geraldo, 110 – Cabana do Pai Tomás
(31) 3321.3447/ 3386.1227

Conjunto Felicidade
Rua Tenente João Ferreira, 85 – Jardim Guanabara
(31) 3435.3569/ 1381

Morro das Pedras
Rua Gama Cerqueira, 1117 – Jardim América
(31) 3377.8626/ 8657

Pedreira Prado Lopes
Rua Araribá, 235 – São Cristóvão
(31) 3422.5693/ 5567

Ribeiro de Abreu
Rua Feira de Santana, 12 – Ribeiro de Abreu
(31) 3435.9583

Santa Lúcia
Beco Santa Inês, 30 – Santa Lúcia
(31) 3297.5975/ 3293.7307

Serra
Rua Bandônion, 122 – Serra
(31) 3282.6652

Taquaril/ Alto Vera Cruz
Rua Antão Gonçalves, 360 – Taquaril
(31)n 3483.2366/ 2364

Jardim Leblon
Rua Inglaterra, 226 – Jardim Leblon
(31) 3450.7963/ 3451.3596


Região Metropolitana

Betim
Rua Açará, 31 – Jardim Teresópolis
(31) 3591.7422/ 6940

PTB – Rua Rio Jarpes, 104 – Jardim Santa Cruz
(31) 3592.9419/ 9508
Rua Dr. José Mariano, 743 – Citrolândia
(31) 3531.2345/ 1223

Contagem
Rua VL-06, 1880 – Nova Contagem
(31) 33928091/ 8039

Ribeirão das Neves
Rua Daila, 62 – Rosaneves
(31) 3625.8928/ 9317

Avenida Dionísio Gomes, 200/ 202 – Veneza
(31) 3626.3078/ 3176

Sabará
Rua Minas Novas, 235 – Nossa Senhora de Fátima
(31) 3672.2221/ 2600

Santa Luzia
Rua Estefânia Sales Sotero, 155 – Palmital
(31) 3635.7050/ 3637.2220/ 3635.6831

Rua Bahia, 782 – Via Colégio São Benedito
(31) 3627.3570/ 3636.8725

Vespasiano
Avenida Existente, 1447 – Morro Alto
(31) 3621.1191/ 2515


Interior

Governador Valadares
Avenida Coqueiral, 176-B – Turmalina
(33) 3221.9250/ 3272.9838

Ipatinga
Avenida Gerasa, 3251 – Betânia
(31) 3827.3748/ 3795/ 3829.8493

Montes Claros
Avenida João XXIII, 2015 – Santo Reis
(38) 3212.7622/ 8116

Rua Jequitinhonha, 107 – Alto São João
(38) 3215.1897/ 3224.3005

Uberlândia
Avenida Getúlio vargas, 1533 – Tabajaras
(34) 3224.5430/ 3210.6448/ 3212.9188

Uberaba
Rua Caetés, 74 – Abadia
(34) 3322.5276/ 5800

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

IDH: vergonha ou orgulho

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dado utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população. Os critérios utilizados para calcular o IDH são: Produto Interno Bruto (PIB) per capita (calculado com base na paridade de poder de compra); educação (taxa de alfabetização da população adulta e número médio de anos cursados na escola); nível de saúde (expectativa de vida da população e taxa de mortalidade infantil). O Índice de Desenvolvimento Humano varia de 0 a 1, quanto mais se aproxima de 1, maior o IDH de um local.

O Brasil apresenta IDH de 0,813, valor considerado alto, atualmente ocupa o 75° lugar no ranking mundial. A cada ano o país tem conseguido elevar o seu IDH, fatores como aumento da expectativa de vida da população e taxa de alfabetização estão diretamente associados a esse progresso.

No entanto, existem grandes disparidades sociais e econômicas no Brasil. As diferenças socioeconômicas entre os estados brasileiros são tão grandes que o país apresenta realidades distintas em seu território, e se torna irônico classificar o país com alto Índice de Desenvolvimento Humano. 

Segundo o jornal Correio da Bahia, o membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) Cesar Callegari acredita que o ranking global não reflete a atual realidade do ensino brasileiro, embora a nova metodologia empregada na avaliação do IDH seja melhor, na opnião dele. Em vez de levar em consideração a taxa de analfabetismo e o número de matrículas nos três níveis de ensino, o Pnud passou a apurar a média de anos de estudo e a expectativa de escolaridade. Cesar Callegari ressalta também as desigualdades regionais.

“A nova metodologia é mais fidedigna porque mede alguns valores que não vinham sendo levados em consideração, mas há algumas políticas recentes que ainda não foram avaliadas nesse índice, principalmente no tocante ao financiamento do sistema”, disse Callegari. “Por outro lado, os indicadores não revelam um problema de nossa educação, que são as desigualdades regionais”. Para ele, o próximo governo também deve dar especial atenção à melhoria da carreira do magistério.O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, considera que, mesmo que os novos critérios adotados pelo Pnud tenham prejudicado países em desenvolvimento (que intensificaram seus investimentos no setor nos últimos anos) como o Brasil, o índice não deixa de refletir o fato de que a educação no país é ruim e precisa melhorar urgentemente.

“A mudança, de fato, é menos sensível às políticas que o Brasil vem adotando nos últimos quatro anos. Isso é fato, mas não desabona o levantamento. A educação brasileira ainda não está bem encaminhada. Ela ainda é de uma qualidade sofrível e precisamos tomar medidas urgentes, com ações conjuntas de estados, municípios e União”, declarou Cara. As informações são da Agência Brasil.

Atualmente o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano no Brasil é o seguinte:

1° - Distrito Federal – 0,874
2° - Santa Catarina – 0,840
3° - São Paulo – 0,833
4° - Rio de Janeiro – 0,832
5° - Rio Grande do Sul – 0,832
6° - Paraná – 0,820
7° - Espírito Santo – 0,802
8° - Mato Grosso do Sul – 0,802
9° - Goiás – 0,800
10° - Minas Gerais – 0,800
11° - Mato Grosso – 0,796
12° - Amapá – 0,780
13° - Amazonas – 0,780
14° - Rondônia – 0,756
15° - Tocantins – 0,756
16° - Pará – 0,755
17° - Acre – 0,751
18° - Roraima – 0,750
19° - Bahia – 0,742
20° - Sergipe – 0,742
21° - Rio Grande do Norte – 0,738
22° - Ceará – 0,723
23° - Pernambuco – 0,718
24° - Paraíba – 0,718
25° - Piauí – 0,703
26° - Maranhão – 0,683
27° - Alagoas – 0,677

Analisando o ranking, as diferenças socioeconômicas no país ficam evidentes, sendo as regiões Sul e Sudeste as que possuem melhores Índices de Desenvolvimento Humano, enquanto o Nordeste possui as piores posições. Nesse sentido, se torna necessária a realização de políticas públicas para minimizar as diferenças sociais existentes na nação brasileira.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Para mim, a impressão que fica é que, por onde quer que avaliemos o IDH brasileiro, seja dividido em regiões ou como um todo, ainda não há o que comemorarmos. Subir quatro pontos percentuais em comparação com a avaliação do ano passado, num universo de 169 países e ocupar o 73° lugar, num ranking liderado pela Noruega , apesar de ser um avanço, é uma posição lamentável . Somos uma nação que dispõe de recursos para serem investidos de forma a promover um avanço mais expressivo no IDH mas não o fazemos. A educação e a saude, que são a mola propulsôra para crescermos no IDH, recebem as luzes dos olofotes apenas em campanhas eleitorais. Passado esse período, seguem sobrevivendo com o que sobra da ganância e do descaso de nossos governantes. 

Todos os governantes que por aqui passaram discursaram efusivamente a favor dos investimentos nestas duas áreas em especial, mas  engavetaram suas promessas juntamente com suas falas decoradas. Há anos convivemos com o caos na saude pública e na educação. Prova recente do descaso de nossos governantes foi dado recentemente na vergonhosa aplicação do ENEM/2010 que  provou que não há seriedade, não há compromisso com a educação nem tão pouco com os jovens brasileiros, que ironicamente são chamados de "futuro da nação".   

A Fome e a miséria


1) A fome mata 24 mil pessoas a cada dia - 70% delas crianças;

2) No mundo de hoje há mais comida do que em qualquer outro momento da história da humanidade;

3) Temos 6,7 bilhões de habitantes, e produzimos mais de 2 bilhões de toneladas de grãos, o que significa que produzimos quase um quilo de grãos por pessoa e por dia no planeta, amplamente suficiente para alimentar a todos;

4) Segundo a FAO o mundo precisaria de US$ 30 bilhões por ano para lutar contra a fome, recursos que significam apenas uma fração do US$ 1,1 trilhão aprovado pelo G-20 para lidar com a recessão mundial;

5) 65% dos famintos vivem em somente sete países;

6) Nos últimos meses irromperam revoltas por causa da fome em 25 países;

7) Os que sobrevivem à fome carregam seqüelas para sempre. A fome mina as vidas e acaba com a capacidade produtiva, enfraquece o sistema imunológico, impede o trabalho e nega a esperança;

8) No mesmo momento em que 1 bilhão de pessoas passando fome, outro 1 bilhão sofre de obesidade por excesso de consumo;

9) Uma criança americana consome o equivalente a 50 crianças africanas da região subsaariana;

10) Cerca de 200 milhões de crianças de países pobres tiveram seu desenvolvimento físico afetado por não ter uma alimentação adequada, segundo o Unicef.


Por que tantos passam fome?


*Dados extraídos do Adital publicado pela Humanitas/Unisinos/Cepat

Instituto Humanitas Unisimos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos unisinos / Centro de pesquisa e apoio aos trabalhadores.






É lamentável que um país como o nosso Brasil, de tantas riquezas e tantas belezas, seja um país sem leis, onde a impunidade impera e nos deixa a mercê das barbáries praticadas pelos criminosos que o nosso código penal sustenta com sua ineficácia.



Malú Rossi