Sejam bem vindos todos os que trazem tochas acesas nas mãos

e também aqueles que como eu, anseiam pela luz.



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

IDH: vergonha ou orgulho

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dado utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população. Os critérios utilizados para calcular o IDH são: Produto Interno Bruto (PIB) per capita (calculado com base na paridade de poder de compra); educação (taxa de alfabetização da população adulta e número médio de anos cursados na escola); nível de saúde (expectativa de vida da população e taxa de mortalidade infantil). O Índice de Desenvolvimento Humano varia de 0 a 1, quanto mais se aproxima de 1, maior o IDH de um local.

O Brasil apresenta IDH de 0,813, valor considerado alto, atualmente ocupa o 75° lugar no ranking mundial. A cada ano o país tem conseguido elevar o seu IDH, fatores como aumento da expectativa de vida da população e taxa de alfabetização estão diretamente associados a esse progresso.

No entanto, existem grandes disparidades sociais e econômicas no Brasil. As diferenças socioeconômicas entre os estados brasileiros são tão grandes que o país apresenta realidades distintas em seu território, e se torna irônico classificar o país com alto Índice de Desenvolvimento Humano. 

Segundo o jornal Correio da Bahia, o membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) Cesar Callegari acredita que o ranking global não reflete a atual realidade do ensino brasileiro, embora a nova metodologia empregada na avaliação do IDH seja melhor, na opnião dele. Em vez de levar em consideração a taxa de analfabetismo e o número de matrículas nos três níveis de ensino, o Pnud passou a apurar a média de anos de estudo e a expectativa de escolaridade. Cesar Callegari ressalta também as desigualdades regionais.

“A nova metodologia é mais fidedigna porque mede alguns valores que não vinham sendo levados em consideração, mas há algumas políticas recentes que ainda não foram avaliadas nesse índice, principalmente no tocante ao financiamento do sistema”, disse Callegari. “Por outro lado, os indicadores não revelam um problema de nossa educação, que são as desigualdades regionais”. Para ele, o próximo governo também deve dar especial atenção à melhoria da carreira do magistério.O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, considera que, mesmo que os novos critérios adotados pelo Pnud tenham prejudicado países em desenvolvimento (que intensificaram seus investimentos no setor nos últimos anos) como o Brasil, o índice não deixa de refletir o fato de que a educação no país é ruim e precisa melhorar urgentemente.

“A mudança, de fato, é menos sensível às políticas que o Brasil vem adotando nos últimos quatro anos. Isso é fato, mas não desabona o levantamento. A educação brasileira ainda não está bem encaminhada. Ela ainda é de uma qualidade sofrível e precisamos tomar medidas urgentes, com ações conjuntas de estados, municípios e União”, declarou Cara. As informações são da Agência Brasil.

Atualmente o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano no Brasil é o seguinte:

1° - Distrito Federal – 0,874
2° - Santa Catarina – 0,840
3° - São Paulo – 0,833
4° - Rio de Janeiro – 0,832
5° - Rio Grande do Sul – 0,832
6° - Paraná – 0,820
7° - Espírito Santo – 0,802
8° - Mato Grosso do Sul – 0,802
9° - Goiás – 0,800
10° - Minas Gerais – 0,800
11° - Mato Grosso – 0,796
12° - Amapá – 0,780
13° - Amazonas – 0,780
14° - Rondônia – 0,756
15° - Tocantins – 0,756
16° - Pará – 0,755
17° - Acre – 0,751
18° - Roraima – 0,750
19° - Bahia – 0,742
20° - Sergipe – 0,742
21° - Rio Grande do Norte – 0,738
22° - Ceará – 0,723
23° - Pernambuco – 0,718
24° - Paraíba – 0,718
25° - Piauí – 0,703
26° - Maranhão – 0,683
27° - Alagoas – 0,677

Analisando o ranking, as diferenças socioeconômicas no país ficam evidentes, sendo as regiões Sul e Sudeste as que possuem melhores Índices de Desenvolvimento Humano, enquanto o Nordeste possui as piores posições. Nesse sentido, se torna necessária a realização de políticas públicas para minimizar as diferenças sociais existentes na nação brasileira.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Para mim, a impressão que fica é que, por onde quer que avaliemos o IDH brasileiro, seja dividido em regiões ou como um todo, ainda não há o que comemorarmos. Subir quatro pontos percentuais em comparação com a avaliação do ano passado, num universo de 169 países e ocupar o 73° lugar, num ranking liderado pela Noruega , apesar de ser um avanço, é uma posição lamentável . Somos uma nação que dispõe de recursos para serem investidos de forma a promover um avanço mais expressivo no IDH mas não o fazemos. A educação e a saude, que são a mola propulsôra para crescermos no IDH, recebem as luzes dos olofotes apenas em campanhas eleitorais. Passado esse período, seguem sobrevivendo com o que sobra da ganância e do descaso de nossos governantes. 

Todos os governantes que por aqui passaram discursaram efusivamente a favor dos investimentos nestas duas áreas em especial, mas  engavetaram suas promessas juntamente com suas falas decoradas. Há anos convivemos com o caos na saude pública e na educação. Prova recente do descaso de nossos governantes foi dado recentemente na vergonhosa aplicação do ENEM/2010 que  provou que não há seriedade, não há compromisso com a educação nem tão pouco com os jovens brasileiros, que ironicamente são chamados de "futuro da nação".   

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A Fome e a miséria


1) A fome mata 24 mil pessoas a cada dia - 70% delas crianças;

2) No mundo de hoje há mais comida do que em qualquer outro momento da história da humanidade;

3) Temos 6,7 bilhões de habitantes, e produzimos mais de 2 bilhões de toneladas de grãos, o que significa que produzimos quase um quilo de grãos por pessoa e por dia no planeta, amplamente suficiente para alimentar a todos;

4) Segundo a FAO o mundo precisaria de US$ 30 bilhões por ano para lutar contra a fome, recursos que significam apenas uma fração do US$ 1,1 trilhão aprovado pelo G-20 para lidar com a recessão mundial;

5) 65% dos famintos vivem em somente sete países;

6) Nos últimos meses irromperam revoltas por causa da fome em 25 países;

7) Os que sobrevivem à fome carregam seqüelas para sempre. A fome mina as vidas e acaba com a capacidade produtiva, enfraquece o sistema imunológico, impede o trabalho e nega a esperança;

8) No mesmo momento em que 1 bilhão de pessoas passando fome, outro 1 bilhão sofre de obesidade por excesso de consumo;

9) Uma criança americana consome o equivalente a 50 crianças africanas da região subsaariana;

10) Cerca de 200 milhões de crianças de países pobres tiveram seu desenvolvimento físico afetado por não ter uma alimentação adequada, segundo o Unicef.


Por que tantos passam fome?


*Dados extraídos do Adital publicado pela Humanitas/Unisinos/Cepat

Instituto Humanitas Unisimos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos unisinos / Centro de pesquisa e apoio aos trabalhadores.






É lamentável que um país como o nosso Brasil, de tantas riquezas e tantas belezas, seja um país sem leis, onde a impunidade impera e nos deixa a mercê das barbáries praticadas pelos criminosos que o nosso código penal sustenta com sua ineficácia.



Malú Rossi