Sejam bem vindos todos os que trazem tochas acesas nas mãos

e também aqueles que como eu, anseiam pela luz.



terça-feira, 29 de junho de 2010

Um pouco da Amazônia que queremos preservar

CURIOSIDADES

Os dois maiores arquipélagos fluviais do mundo estão na Amazônia.



No município de Barcelos (AM), no leito do rio Negro, um conjunto de mais de 700 ilhas forma o arquipélago de Mamirauá - há quem diga que esse número chega a 1.200, dependendo do volume de água do rio. Sua área foi determinada na década de 1990 por pesquisadores da Nasa (agência espacial norte-americana), que informaram ser de 140 quilômetros de extensão por 20 quilômetros de largura. O segundo maior arquipélago fluvial é o de Anavilhanas e situa-se no mesmo estado, nos municípios de Novo Airão e Manaus. Ele também está no rio Negro e é composto por cerca de 400 ilhas, distribuídas por uma área de 100 quilômetros de extensão por 20 quilômetros de largura.De dezembro a junho, a região se enche de água. Animais e plantas precisam se adaptar para sobreviver a essas condições extremas.

Peixes

Ao abrigar a maior bacia fluvial do planeta, a Amazônia reúne também uma grande diversidade de peixes. Estima-se que existam perto de 3 mil espécies nos rios e lagos da região. Cerca de 1.300 espécies já são
conhecidas pelos cientistas, mas há muitas ainda a serem descobertas. Apenas no rio Negro, foram descritas 450. Em toda a Europa, esse número não passa de 200 espécies.

Em muitos rios amazônicos, a quantidade de minerais na água é tão pequena que os peixes dependem quase exclusivamente dos alimentos produzidos na floresta dos arredores. Espécies que comem frutos, como o
tambaqui, movem-se pelos principais cursos de água entre os galhos de árvores submersos.

O menor primata do mundo, o sagui-leãozinho, é nativo da Amazônia
    
Para uma região em que tudo é marcado por um certo gigantismo, a existência esse pequenino animal surpreende. Ele não tem mais que 15 cm  (excluindo os outros 15 centímetros de cauda) e pesa cerca de 130 gramas. Sua alimentação é formada por frutas, folhas e insetos.                                                    
Os indígenas da divisa do Brasil com a Colômbia convivem com eles como animais de estimação, mantendo-os junto da cabeça onde passam o dia procurando por piolhos.


A harpia amazônica é a maior ave de rapina do mundo, com quase um metro de altura.


Ela também é conhecida como gavião-real e chega a medir 97 centímetros de altura - 11 a mais que a água-careca americana. De uma ponta da asa até a outra, a Harpia harpyja pode ter até 2,5 metros e, para sustentar seus 10 quilos, alimenta-se de pequenos roedores e até de macacos. Por causa da destruição de    seu habitat (florestas úmidas), a harpia encontra-se praticamente restrita à Amazônia, uma vez que necessita de grandes áreas de mata preservada para viver. 

Gigante das águas


Na região amazônica vive o maior peixe de água doce do mundo, o pirarucu. Ele pode chegar a 3 metros de comprimento e pesar 200 kg. Carnívora, a espécie possui um ciclo de vida longo, só se reproduzindo a partir do quinto ano de vida. Durante muito tempo, o peixe foi capturado em quantidades acima do limite para o consumo da carne, muito apreciada na região. Como resultado, a espécie entrou em perigo de extinção.

Insetos

Insetos não faltam na Amazônia. Há 60 mil espécies conhecidas, mas a estimativa é de outras 180 mil ainda serem descobertas. Os insetos representam a maior parte da biomassa da fauna amazônica. Acredita-se que um terço deles seja composto de formigas e cupins: uma área igual a um campo de futebol na floresta amazônica pode abrigar oito milhões de formigas e um milhão de cupins. Os pesquisadores atribuem a diversidade e abundância de insetos à grande quantidade de plantas existente na região. Eles são ecologicamente importantes, porque participamdo ciclo de nutrientes da natureza, são fonte de proteínas para os animais e atuam como polinizadores das plantas. Na região amazônica, a fauna de insetos é principalmente ligada à vegetação flutuante: em busca de alimentos, muitas espécies se movimentam nos troncos das árvores, acompanhando a subida e descida das águas.

As mandingueiras da capital paraense garantem resolver qualquer problema com suas "poções mágicas"


Elas afirmam que não existe mal sem cura nesse mundo. Seja doença, dor de amor, solidão, desejo de sorte nos negócios ou simplesmente espantar o mau olhado, basta encostar em suas bancas e relatar o     problema. Em questão de minutos, uma mistura de ervas, raízes, cascas de árvores e partes de animais estará pronta ou uma garrafa com a poção será oferecida. Tudo acompanhado por alguma reza ou ritual a ser feito pelo interessado. Atrair a pessoa amada está entre os pedidos mais comuns, por isso nas bancas não faltam as ervas "folha de chama", "agarradinho-a-ti" e a "venha-a-mim".

A cultura da floresta

Os caboclos ou ribeirinhos constituem uma das populações mais tradicionais da Amazônia. São eles que herdaram as práticas de subsistência dos índios que podem ser observadas até os dias atuais. O termo inicialmente referia-se aos índios destribalizados, que, a partir do século 18, passaram por uma aculturação gradativa. Com o passar do tempo, passou a valer como referência para os descendentes de indígenas e
portugueses e os migrantes de outras regiões do Brasil, que foram expulsos pela seca e crises econômicas de suas terras, e se adaptaram à floresta há várias gerações.
A adaptação dos caboclos às singularidades da Amazônia é notável. Além de reconhecerem os rios,  furos e igarapés como quem anda nas ruas de uma cidade, e acharem  referências nesses locais para se     locomoverem à noite, os caboclos possuem um conhecimento respeitável sobre a fauna, a flora e os produtos que a floresta oferece para a sua subsistência.
Os caboclos sabem quais os melhores meses para a pesca de determinadas espécies de peixes, quais as melhores palhas para a construção, quais os medicamentos que a mata oferece e muito mais.
Para se  locomover, usam as canoas que os índios sempre usaram, capazes de se embrenhar pelas raízes das florestas alagadas sem espantar os peixes. As comunidades ribeirinhas vivem em função do rio, a  maioria muito distantes umas das outras. Também herdaram dos índios a dieta baseada na proteína fornecida por animais silvestres e peixes, o cultivo da mandioca e uma cultura material que inclui ferramentas e utensílios construídos de fibras vegetais, pedra e subprodutos da fauna.

E tem muito mais...

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A Fome e a miséria


1) A fome mata 24 mil pessoas a cada dia - 70% delas crianças;

2) No mundo de hoje há mais comida do que em qualquer outro momento da história da humanidade;

3) Temos 6,7 bilhões de habitantes, e produzimos mais de 2 bilhões de toneladas de grãos, o que significa que produzimos quase um quilo de grãos por pessoa e por dia no planeta, amplamente suficiente para alimentar a todos;

4) Segundo a FAO o mundo precisaria de US$ 30 bilhões por ano para lutar contra a fome, recursos que significam apenas uma fração do US$ 1,1 trilhão aprovado pelo G-20 para lidar com a recessão mundial;

5) 65% dos famintos vivem em somente sete países;

6) Nos últimos meses irromperam revoltas por causa da fome em 25 países;

7) Os que sobrevivem à fome carregam seqüelas para sempre. A fome mina as vidas e acaba com a capacidade produtiva, enfraquece o sistema imunológico, impede o trabalho e nega a esperança;

8) No mesmo momento em que 1 bilhão de pessoas passando fome, outro 1 bilhão sofre de obesidade por excesso de consumo;

9) Uma criança americana consome o equivalente a 50 crianças africanas da região subsaariana;

10) Cerca de 200 milhões de crianças de países pobres tiveram seu desenvolvimento físico afetado por não ter uma alimentação adequada, segundo o Unicef.


Por que tantos passam fome?


*Dados extraídos do Adital publicado pela Humanitas/Unisinos/Cepat

Instituto Humanitas Unisimos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos unisinos / Centro de pesquisa e apoio aos trabalhadores.






É lamentável que um país como o nosso Brasil, de tantas riquezas e tantas belezas, seja um país sem leis, onde a impunidade impera e nos deixa a mercê das barbáries praticadas pelos criminosos que o nosso código penal sustenta com sua ineficácia.



Malú Rossi