A COP-15 foi, por alguns dias, o elo que através de cada aparelho de TV, jornal e revista, uniu ONG’S, ambientalistas, ativistas, classes sociais diversas, pessoas comuns, em fim, todos nós que de alguma forma, aguardamos anciosos o resultado que nunca veio. A COP-15 foi um fracasso. O que se viu, ao contrário do que esperávamos, foi um grande encontro de jogadores políticos e financeiros desenteressados do verdadeiro motivo da conferênmcia: o aquecimento global. Após 02 semanas de reuniões, desacordos, protestos, declarações descabidas, comemorações e honrarias desnecessárias, nossos líderes mundiais não apresentaram proposta alguma com metas urgentes e eficazes para a redução da emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa. O que foi apresentado ao mundo, para justificar todos os gastos e toda pompa da Conferência em Copenhague, foi um acordo ineficiente, que fala da criação de um texto que defende uma redução de 50% na emissão dos gases-estufa até 2050 e na criação do Fundo Climático Internacional, que objetiva angariar US$100 bilhões até a metade deste século para financiar acões mitigadoras do aquecimento global em países pobres e emergentes.
Decorrido o primeiro trimestre após o fracasso da Convenção em Copenhague, onde todos vimos estarrecidos nossos dirigentes trocarem questões de sobrevivência da humanidade em todos os seus segmentos, por questões político-econômicas de interessse extremamente pessoais, COP-15 é assunto encerrado, assim como parecem ser também as questões ambientais, que não deixaram de existir com o término da conferência. Os jornais do mundo inteiro voltaram a anunciar o dia-a-dia comum do cidadão, assaltos, comemorações, escândalos políticos, carnaval e é claro, as grandes catástrofes ambientais cada vez mais frequentes, contrastes climáticos como a seca e a inundação em áreas não comuns a esses fenômenos, frio intenso e calor demasiado, terremotos em escala altamente destruídoras, maremotos gigantescos e como se não bastasse, a fome e a miséria decorrente destas grandes trajédias que vêm somar mais dor e sofrimento a milhares de esquecidos(leia-se aqui, seres humanos) que vivem abaixo da linha da pobreza.
Estas são apenas algumas das inúmeras trajédias mundiais ignoradas pelos nossos dirigentes na COP-15 em Dezembro/2009.
É verdade que a conferência em Copenhague deixou a impressão que não há nada a ser feito, mas para provar o contrário existem as pessoas comprometidas com a vida, que se transformam em ambientalistas dedicados, que constituem ONG’S verdes, que criam, apresentam e defendem projetos políticos sérios voltados para a questão ambiental e pessoas comuns que se permitem despertar para esta questão e hoje lutam, cada um a sua maneira, para salvar um planeta que é de todos.
Este artigo, como muitos escritos todos os dias mundo afora é mais um apelo a todos aqueles que não se deixaram abalar pela falta de comprometimento de nossos dirigentes demonstrada na COP-15 com as questões ambientais, para que continuemos nossa luta pela vida do nosso planeta e das pessoas que nele habitam.
Malú Rossi - Março/2010
Muito bommmm.
ResponderExcluirMalú pensar de forma global e agir de forma local. Essa é uma "ferramenta" ambiental de décadas. É uma boa ferramenta.
Meus parabéns pelo blog. Um abraço, com carinho. Paz e Pão, Alex Prado.