Sejam bem vindos todos os que trazem tochas acesas nas mãos

e também aqueles que como eu, anseiam pela luz.



domingo, 4 de abril de 2010

(In)Justiça Brasileira: até quando?

A morte da missionária americana Dorothy Stang completou cinco anos dia 12 de Fevereiro e um dos supostos mandantes do crime, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão, ainda não foi julgado. Após a conclusão do processo, Regivaldo foi apontado como um dos mandantes do crime, mas conseguiu no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, de Brasília, o direito de aguardar em liberdade a data do julgamento. 

Dorothy foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005 com sete tiros em uma estrada de terra próxima ao município de Anapu, no Pará.  

 

Ela tinha 73 anos e trabalhava  na  região  com 
pequenos agricultores  que lutam  pelo  direito 
à terra  e contra a exploração dos  grandes  fazendeiros
da região. A morte da missionária  teria  sido
encomendada porque o trabalho dela contrariava
esses interesses.

 

Irmã Dorothy iniciou seu ministério no Brasil em 1966 no Estado do Maranhão. Ela atuava na Amazônia desde a década de setenta com trabalhadores rurais da região do Xingu. A missionária lutava pela geração de emprego e de renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas e também queria a diminuição dos conflitos fundiários na região. Antes de morrer, ela foi ameaçada diversas vezes.

O caso teve cinco envolvidos: Rayfran Sales, o Fogoió, autor dos disparos; Amair Feijoli da Cunha, intermediário; Clodoaldo Batista, que acompanhou Rayfran no crime; e os dois fazendeiros apontados como mandantes, Taradão e Vitalmiro Moura, o Bida. Todos negam participação no crime, mas quatro deles foram julgados e condenados.

o júri do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser o mandante da morte da missionária Dorothy Stang, foi adiado, no último dia  31/03  para o dia 12/04 devido à ausência do advogado de defesa do réu. O crime ocorreu em 2005.

Esta seria a terceira vez que Vitalmiro enfrentaria julgamento popular pela morte da missionária. Na primeira, em sessão nos dias 14 e 15 de maio de 2007, o réu foi condenado por decisão do Conselho de Sentença a 30 anos de reclusão. Como a pena foi superior a 20 anos, Vitalmiro teve direito a novo júri (benefício que ainda vigorava na legislação penal antes da reforma), que ocorreu nos dias 5 e 6 de maio de 2008. Dessa vez, o acusado foi absolvido.

O Ministério Público e a Assistência de Acusação recorreram ao segundo grau do Judiciário paraense, requerendo a anulação do julgamento, alegando que a decisão foi contrária à prova dos autos.

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A Fome e a miséria


1) A fome mata 24 mil pessoas a cada dia - 70% delas crianças;

2) No mundo de hoje há mais comida do que em qualquer outro momento da história da humanidade;

3) Temos 6,7 bilhões de habitantes, e produzimos mais de 2 bilhões de toneladas de grãos, o que significa que produzimos quase um quilo de grãos por pessoa e por dia no planeta, amplamente suficiente para alimentar a todos;

4) Segundo a FAO o mundo precisaria de US$ 30 bilhões por ano para lutar contra a fome, recursos que significam apenas uma fração do US$ 1,1 trilhão aprovado pelo G-20 para lidar com a recessão mundial;

5) 65% dos famintos vivem em somente sete países;

6) Nos últimos meses irromperam revoltas por causa da fome em 25 países;

7) Os que sobrevivem à fome carregam seqüelas para sempre. A fome mina as vidas e acaba com a capacidade produtiva, enfraquece o sistema imunológico, impede o trabalho e nega a esperança;

8) No mesmo momento em que 1 bilhão de pessoas passando fome, outro 1 bilhão sofre de obesidade por excesso de consumo;

9) Uma criança americana consome o equivalente a 50 crianças africanas da região subsaariana;

10) Cerca de 200 milhões de crianças de países pobres tiveram seu desenvolvimento físico afetado por não ter uma alimentação adequada, segundo o Unicef.


Por que tantos passam fome?


*Dados extraídos do Adital publicado pela Humanitas/Unisinos/Cepat

Instituto Humanitas Unisimos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos unisinos / Centro de pesquisa e apoio aos trabalhadores.






É lamentável que um país como o nosso Brasil, de tantas riquezas e tantas belezas, seja um país sem leis, onde a impunidade impera e nos deixa a mercê das barbáries praticadas pelos criminosos que o nosso código penal sustenta com sua ineficácia.



Malú Rossi